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ESCOLHAS


Um poema de Mario Quintana, de nome “A Vida”, discorre sobre o passar do tempo e termina dizendo:

“Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo,

que a única falta que terá,

será desse tempo que infelizmente não voltará jamais.”

São as escolhas que fazemos, ou, as escolhas que fizeram por nós, que deixam nossos dias intensos, tensos e muitas vezes, sem a menor chance de apreciar as pessoas e as coisas que nos são caras.

Valoriza-se o ruído em detrimento do silêncio, ruído esse muitas vezes sob a forma de palavras que já não são ouvidas ou músicas que não se consegue fruir. Parece que um momento de silêncio se assemelha à ingestão de uma dose de veneno, que como tal, é temido, rejeitado!

Somos reféns de um estilo de vida, o qual, apesar de nocivo, nos mantem adictos, esquecidos que somos de que TEMPO É TERNURA e que deveríamos ser livres para mudar.

A pergunta que incomoda: será que é possível viver de outro jeito?

Pode ser difícil, mas não impossível. Certamente que minutos de silêncio em meio a tanto barulho podem ser cultivados...uma caminhada pode ser feita mais devagar (sem celular), permitindo que a própria respiração seja ouvida e, o caminho para onde e porque estamos indo – seja avaliado.

Como saber se é bom e certo o que fazemos? Como olhar para as pessoas, de modo a percebê-las?

A agitação é similar a um deserto que drena nossas forcas, enquanto o silêncio, é um deserto que nos oferece um oásis, onde a travessia nos revigora, fortalece.

O ponto é: querer encontrar esse oásis. Para tanto, é preciso deseja-lo!

"Por essa e mais tantas, meu voto é que você possa fazer uma pausa.

Ver e enxergar a banda passar, cantando coisas de amor."

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